
JORNAL PUBLICO 29.01.2010 - 22:38 Luís Octávio Costa
"Há um sítio onde o placard electrónico parece ter avariado do lado direito e onde o lado esquerdo mais cedo ou mais tarde é activado. Há um estádio de futebol onde as grandes equipas de futebol esbarram, onde há grandes futebolistas, onde o guarda-redes voa quando, minutos antes, parecia ter uma perna partida, onde sabe bem ganhar e onde os adeptos tentam dizer à equipa que nunca caminharão sozinhos. Braga.
O Sporting saiu de lá como os outros (1-0). Sem nada.
Agora qualquer pessoa saberá dizer o resultado do Sp. Braga-Sporting. Porque o Sporting voltou às derrotas (sete vitórias depois), mas também porque o Sp. Braga voltou a vencer, porque o Sp. Braga continua a ser líder do campeonato, porque Paulo César marcou o único golo que fez mexer o placard (1-0). Porque se fala do Sp. Braga.
Durante uns largos minutos até parecia que Carlos Carvalhal tinha descoberto a pólvora. Para jogar em Braga, de onde ainda ninguém ousou levar três pontos, é preciso jogar com mais do que com onze jogadores. O treinador do Sporting sabia que a teoria não era para levar à letra, mas também sabia que precisava de dois Moutinhos, de dois Liedsons e de todos os Pereiras que pudesse arranjar se quisesse contrariar a equipa favorita.
A teoria confirmou-se até ao minuto 31, até ao momento em que a equipa da casa teve a bola nos pés o tempo suficiente para o Sporting recuar dois passos e Paulo César dar outros dois em frente. O número nove, autor de um dos golos frente ao Benfica, armou o pé, o remate desviou em Tonel e o placard mexeu do lado do costume."
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POSITIVO
Paulo César
Já tinha marcado ao Benfica e ontem pontuou frente ao Sporting. Saiu agarrado à coxa, mas foi brindado com a salva de almas da noite.
Domingos Paciência
Tem uma equipa composta por jogadores com talento e personalidade.
Adeptos
Qualquer dia vai ser difícil a alguém dizer que o Sporting de Braga não tem adeptos à altura de um grande clube.
NEGATIVO
Disciplina
Carriço, Adrien, Miguel Veloso e Saleiro. Por esta ordem todos viram o cartão amarelo e todos por faltas, digamos, pouco profissionais. Puxar a camisola às vezes chega para travar um adversário"
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